2019.09.11
CLUSTER TÊXTIL ASSINOU PACTO PARA A COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO
O Cluster Têxtil-Tecnologia e Moda assinou com o Governo, na manhã de 11 de setembro, o Pacto Setorial para a Competitividade e Internacionalização, que, no âmbito do Programa Interface, pretende “constituir a formalização do alinhamento nas áreas estratégicas – a concretizar nos próximos anos”
E Ana Ribeiro especificou: “são áreas que foram identificadas pelos membros do Cluster Têxtil como estratégicas – para que as linhas que venham a ser objeto de financiamento estejam alinhadas com as necessidades do setor. Estamos a falar de eixos como a formação e educação (capital humano, atração, qualificação, inserção de talentos nas organizações); desenvolvimento e investigação (novas soluções de materiais, de processos, novas funções, novas interações com outras indústrias – tecnologia, biotecnologia, eletrónica); sustentabilidade e economia circular; digitalização e indústria 4.0; e competitividade e internacionalização para o aumento das exportações”.
Em termos operacionais, “estes eixos serão materializados num conjunto de medidas específicas que foram identificadas e nas quais intervieram todos os ‘stakeholders’ do setor, de organismos públicos a parceiros nacionais e europeus que nos possam ajudar a implementar essas medidas. Todas estas medidas estão no pacto – algumas ações já estão mesmo a decorrer (dois no programa Cosme e um liderado pela Plataforma Têxtil Europeia)”.
A diretora executiva do Cluster tem a expetativa de que os fundos comunitários encarem como prioritária a indústria de bens transacionáveis – na perspetiva das exportações e da substituição de importações – e o Pacto hoje assinado é já o esteio dessa estratégia. “Temos por exemplo que dar resposta à integração dos materiais reciclados: as grandes marcas internacionais vêm a Portugal à espera que lhes apresentemos soluções para estes desafios e nós temos de estar preparados”, afirmou.
O Pacto com o Cluster Têxtil – onde estão concentradas 50 organizações do setor, entre empresas, entidades públicas e privadas, academia, centros de investigação, etc. – foi assinado por António Amorim e Braz Costa, respetivamente presidente e diretor-geral do CITEVE, e, do lado do Governo, pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
Com o mesmo objetivo geral – o compromisso de aproximação entre agentes públicos e privados em torno de uma estratégia conjunta para o crescimento das diferentes cadeias de valor – outros clusters assinaram hoje pactos idênticos com o Governo: aeronáutica, espaço e defesa; calçado e moda; ferrovia; habitat sustentável; mar português; petroquímica; química industrial e refinação; recursos minerais; smart cities; e tecnologias de informação, comunicação e eletrónica.
In Jornal T